sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As dores de crescimento

Sou eu quem as sente. É o paradoxo da felicidade de vê-lo crescer bem, misturado com a tristeza de o ver crescer rapidamente. Ontem, dia 4 de Novembro (para que conste), o avô perdeu a miúfa e lá pegou nele pela primeira vez, exclamando de seguida um ufano: "Ele já pesa!" Pois, pesa e até deve ter duplicado o peso do nascimento, andando perto disso na consulta dos dois meses. Está mesmo lindo o meu filho e cada vez mais parecido comigo o que me enche de vaidade por ter diante dos meus olhos a prova do que fomos capazes! Mas, para memória futura, aqui fica um relato dos feitos do meu pequeno: - No primeiro mês pouco trabalho deu este bebé! Comia à hora certa e dormia quase todo o tempo. As noites foram boas, tranquilas e com quatro horas de espaçamento entre as refeições o que contribuiu, e muito, para a manutenção da sanidade mental dos pais. Jantámos fora algumas vezes e ele nunca nos deixou ficar mal, permanecendo naquele doce sono durante todo o repasto, embalado pelo burburinho do que o rodeava. - Com um mês e meio já sorria sempre que sentia a minha presença. - Aos dois meses retirei-lhe o redutor da cadeirinha (e este foi a primeira dor de crescimento). Com essa mesma idade começou a tagarelar muito, brindando-me com uns "grrr's" e uns "abbuuu's". - Aos três meses a maminha começou a secar (a segunda dor de crescimento). Agora ainda sinto uma picadinha ou outra e lá lhe entrego, às cegas, as reservas que ainda possa ter. É um momento cada vez mais raro que, seguramente, me sacia mais a mim (por toda a ternura do acto) do que a ele. Também aos três meses já o sinto bem mais desperto, sobretudo de dia. À noite adormece por volta das 23h00 e só acorda lá para as 7h00. Ah! A novidade menos boa foi a constipação que apanhou no fim-de-semana e que o deixou mais em baixo. Mas agora já está a recuperar em grande estilo e a beber uns bonitos biberões de 120 ml de três em três horas. E assim vamos. Felizes.

2 comentários:

  1. E eu a ver, feliz também e sentindo as vossas dores de crescimento como se fossem as minhas...

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  2. Compreendo as tuas "dores" pois também as vejo reflectidas nos olhos das mamãs amigas que conheço. E também leio nas tuas palavras aquele orgulho incondicional pelo filho gerado. E desejo-te o mesmo que a elas: eternos momentos de alegria familiar.

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